sexta-feira, 13 de junho de 2008

Stephanes diz que parte da produção de fertilizantes pode ser 'estatizada'


A produção estatal de fertilizantes pode ser a saída encontrada pelo governo para contornar a alta dos alimentos, que vem se refletindo na inflação. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros estão negociando com a Petrobras a produção estatal de fertilizantes, como forma de reduzir os preços desses insumos, que, segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, representam cerca de 40% do custo da produção de alimentos.

"Se for necessário, evidentemente a Petrobras terá que entrar nisso. Se for o caso, nós vamos agir também, ou até reestatizar alguns setores que são necessários", afirmou Stephanes em entrevista publicada pela Agência Brasil nesta sexta-feira (13). A pedido de Lula, os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Dilma Rousseff (Casa Civil) vão se reunir com a Petrobras e a Vale para diminuir a importação de fertilizantes pelo Brasil.


Stephanes explicou como seria uma essa estatização do setor. "Quando a gente fala de estatizar, não significa aquela idéia antiga de estatismo, mas sim que a Petrobras, como grande empresa produtora, poderá se associar a algumas empresas privadas [brasileiras], ou mesmo a cooperativas, no sentido de atuar em determinados setores", disse o ministro na entrevista.

IMPORTAÇÃO

Atualmente, segundo Stephanes, o Brasil importa cerca de 70% dos fertilizantes que utiliza. Ele afirma que o governo já tem o diangóstico de suas possibilidades para mudar esse quadro. O Planalto sabe que apenas 40 países produzem fósforo, enquanto outros 12 têm potássio, os dois elementos que, junto com os nitrogenados, são os principais componentes do adubo. Stephanes acredita que no caso do potássio pode de desabastecimento no futuro.

"Diria que é um item estratégico para o Brasil, já que o país é altamente dependente da importação de fertilizantes. Já sabemos que no caso do fósforo temos minas para nos tornarmos auto-suficientes no prazo de cinco a dez anos, em nitrogenados também temos essas condições e no caso do potássio temos também uma grande mina que precisa de uma análise mais técnica e ambiental porque ela fica situada no Amazonas", afirmou à Agência Brasil.

DEPENDÊNCIA

Hoje, mais de 75% do mercado nacional de fertilizantes é controlado por apenas três empresas, o que é apontado por alguns técnicos da área agrícola como um oligopólio que prejudica os produtores. O ministro diz que, apesar da complexidade do mercado, o governo já estuda algumas soluções para o problema.


Mexer nessa estrutura não é fácil, mas de qualquer forma o Brasil (...) tem algumas idéias de como melhorar a competitividade e a nossa capacidade de produção e de distribuição, e evitar essa volatilidade de preço que existe", disse.


Fonte: Globo, disponível em: http://www.globo.com.br/, acesso em 13/06/2008 às 12h40m.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Bolsas ficam mais fortes com a crise


Concentração no mercado de ações continua, apesar dos problemas na economia dos EUA

As concentração dos negócios com ações e derivativos em poucas e gigantescas bolsas de valores sugere que, em um futuro não muito distante, o mundo financeiro estará concentrado em um ou dois megamercados globais. A integração da Bovespa e da BM&F, confirmada no final de março, é um passo quase inevitável nessa direção. Mesmo assim, acionistas das duas bolsas e demais observadores se perguntam se, dada a crise financeira no mercado americano, o movimento não foi feito em falso. A resposta é não. Uma das lições mais surpreendentes e menos comentadas desta temporada é que bolsas de valores se fortalecem nas crises. Quanto mais volátil o mercado, mais elas faturam, por causa do aumento das transações de compra e venda de papéis financeiros.


As maiores bolsas do mundo tiveram excelentes resultados em 2007. A de Nova York fechou o ano com lucro líquido de US$ 643 milhões, 214% superior ao de 2006. Duncar Niederauer, seu presidente, atribuiu o resultado ao crescimento recorde dos volumes negociados em todos os 12 mercados de ações e derivativos nos quais a instituição atua hoje, a partir de cinco países. De modo ainda mais extraordinário, a Nasdaq, conhecida como a bolsa das empresas de tecnologia, elevou seus lucros em 307% de 2006 para 2007, atingindo o montante de US$ 518,4 milhões.

Há pelo menos dois anos, a Nasdaq vinha tentando assumir o controle da Bolsa de Londres. Em 2006, chegou a comprar 25% do capital do mercado londrino, que já resistira a ofertas de compra de suecos, alemães e australianos. O assédio só cessou em agosto do ano passado, justamente quando a bolha imobiliária americana explodiu. A Inglaterra está entre os países mais afetados pela crise, mas a Bolsa de Londres só se fortaleceu. No último trimestre do ano, o volume de transações lá realizadas cresceu 56%, elevando o faturamento em 87%.


Além de lucrar com a aceleração das trocas de ativos financeiros neste período de nervosismo, as grandes bolsas se beneficiam de poderosos ganhos de escala. A Bolsa de Nova York, conhecida pela sigla Nyse, é o melhor exemplo. Os seus antigos sócios resistiram o quanto puderam à abertura de capital. Finalmente, em março de 2006, lançaram ações no mercado. Capitalizada, a Nyse foi às compras. Adquiriu, em abril do ano passado, a Euronext - ela própria amálgama dos mercados de Paris, Bruxelas e Amsterdã. Na seqüência, incorporou ao grupo a bolsa de futuros de Paris e a Bolsa de Lisboa. O conglomerado resultante é a maior bolsa do mundo. Seu valor de mercado, da ordem de US$ 18 bilhões, é mais que o dobro do da segunda colocada, a Bolsa de Londres, que recentemente comprou a Bolsa de Milão. Aberturas de capital e fusões de bolsas têm significado redução do custo de intermediação da compra e venda de ações e commodities. Mas especialistas temem que o avanço da concentração inverta a tendência. "É o risco de todo monopólio ou oligopólio", diz Robert Shiller, economista de Yale. "Cobrar mais caro pelo mesmo serviço."


Por Maria Helena Passos a Época Negócios.

Fonte: Época Negócios, disponível em: http://epocanegocios.globo.com/; acesso em 05/05/2008 às 09h45m.

sábado, 3 de maio de 2008

Risco Brasil cai mais 2,9% e fecha aos 201 pontos


SÃO PAULO - Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia brasileira, o EMBI+ Brasil, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, encerrou aos 201 pontos nesta sexta-feira, com queda de 2,9% perante os 207 pontos do fechamento da véspera. Desde a quarta-feira, quando o Brasil recebeu a classificação de grau de investimento da agência Standard & Poor`s, o risco Brasil já caiu 10,6%, ou 24 pontos, já que na terça o indicador havia fechado em 225 pontos.


No mercado secundário de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40 foi negociado a 136,875% do seu valor de face, com recuo de 0,18%. O segundo papel mais representativo do índice do JP Morgan, o Global 18 ou A-Bond (Amortizing Bond ou Bônus de Amortização), marcou 113,750%, com queda de 0,06%.


Sobre o EMBI + Brasil


O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo. O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.


Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país. Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como "arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.


Fonte: Valor Online, com agências internacionais, disponível em: http://www.valor.com.br/; acesso em 03/05/2008 às 12h18m.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Entre o Alimento e a Energia: o impasse dos biocombustíveis


Desde o primeiro choque do petróleo na década de 1970, os países que eram substancialmente dependentes das importações dessa commodity presenciaram uma grande depreciação em seus balanços comerciais. Tal situação levou esses países a desenvolver políticas mais rigorosas em relação ao consumo, ampliação da capacidade de produção de petróleo, e programas de desenvolvimento de fontes alternativas de energia. Tais medidas adotadas tiveram como objetivo amenizar a dependência do petróleo como fonte principal de energia e mitigar o seu impacto nas contas correntes. Exemplo desses programas de desenvolvimento de energia alternativa pode-se citar o programa Pró-álcool desenvolvido pelo governo federal em 1975, o qual teve como objetivo substituir em larga escala a gasolina utilizada nos veículos.

Entretanto, os programas de energia alternativa, que foi e vem sendo desenvolvidos por grande parte na Europa, Estados Unidos, Brasil, não têm apenas visado as situações econômica e financeira, como também a questão ambiental. Já que se trata da utilização de uma matriz energética a base de combustíveis fósseis, os quais impactam de forma bem significativa o meio ambiente, devido aos seus resíduos tóxicos que são eliminados pela sua queima, como por exemplo, Dióxido de Enxofre, Dióxido de Carbono, sendo esse último um dos gases responsáveis pelo efeito estufa.

Em virtude desses programas que vem sendo desenvolvido, apesar de ter caminhado de forma mais lenta, durante a década de 1980 devido aos altos custos em obter energia alternativa extraída de vegetais e a retomada do preço do petróleo em patamares mais baixos, pode-se observar, atualmente, uma substituição parcial do petróleo na matriz energética mundial por biocombustíveis, como: o biodiesel, álcool a base de cana-de-açúcar, e o álcool a base e milho. Sendo o biodiesel extraído através da mamona, colza, e substancialmente, pela soja e milho.

Por certo, o desenvolvimento e a produção desses biocombustíveis e a sua ascendente demanda mundial, em especial o biodiesel a base de soja e milho, tem desequilibrado o mercado mundial de commodity agrícola, fazendo com que “acenda uma luz amarela”, no que diz respeito ao futuro dos preços desses alimentos. Já que o aumento da demanda, impressionada não apenas pelo aquecimento do consumo alimentar por parte dos países em desenvolvimento, como também pelo seu uso na fabricação de biodiesel, tem elevado substancialmente os preços dessas.

Tal elevação nos preços dos alimentos tem gerado fortes impactos nas economias como da África e do Haiti, que de acordo com o “Financial Time”, em uma reportagem intitulada “Biodiesel não mata fome” em sua versão traduzida, alerta para o aumento dos preços dos alimentos, os quais têm dobrado nesses últimos anos fazendo com que haja uma escassez de alimentos essenciais, como trigo, soja e o milho nesses países.

Por conseguinte, esses impactos na economia não restringem apenas a esses países pobres como aos demais, já que os aumentos nos preços desencadeiam um aumento generalizado dos preços (inflação) devido ao uso dessas commodities na produção de alimentos e como insumos em determinadas cadeias produtivas (por exemplo, ração para alimentação animal). Além disso, a alta dos preços tem sido explicada pelos analistas por dois lados. De um lado, apontam a alto dos preços como reflexo de alguns fatores temporários, como as más colheitas dos últimos anos nos Estados Unidos e na União Européia, e aos problemas climáticos. Por outro lado, atribuem a causa à alta do preço do petróleo que tem sido refletido no preço final das commodities devido ao uso de fertilizantes e diesel para tratores e colhedoras.

Vale destacar que não deve ser negligenciado, tanto por parte dos governos quanto dos analistas, porque o aumento da demanda por insumos agrícolas como o trigo e a soja para a fabricação de biocombustível tem sido um dos fatores substancias para a alta dos preços no mercado mundial, alavancado, principalmente, pelo forte aumento da produção dos Estados Unidos e da Europa.
Fica claro, portanto, que o aumento da demanda por produtos alimentares, somado ao consumo dessas commodities por parte da produção de biocombustíveis tem colocado os governos em um impasse, no sentido de escolher qual a melhor política a ser tomada dentro desse contexto: produzir alimentos ou biocombustíveis. Ambas as escolhas não seriam bem-vindas ao se tomar uma em detrimento da outra, devido ao fato de que elas irão, de certo modo, beneficiar apenas um setor.

De modo indubitável, acredita-se que a melhor saída, a posteriori, se concentra na equalização de ambas as produções, sendo esta desenvolvida junto com o aumento do volume ofertado dessas commodity, fazendo com que os preços fiquem à níveis mais baixos que os atuais. Ou seja, teríamos uma oferta maior que a demanda impressionando os preços para baixo.

Por fim, espera-se que os governos adotem uma política que equilibrasse ou suavizasse o desequilíbrio entre a produção de biocombustíveis e a de alimentos. De forma que não prejudique, tanto o desempenho que o setor tecnológico em geração de energia alternativa, que vem alcançando, nessas últimas três décadas, resultados positivos em suas pesquisas. Quanto ao setor alimentício, ele não pode, em momento algum, ser onerado com a alta elevação do preço de seus insumos, pois, trata-se de um setor chave para a economia global, já que qualquer variação brusca nos preços poderá ocasionar um descompasso na economia dos países, principalmente em países dependentes maciçamente da importação de alimentos.
Por: David Leite Carrilho, Economista, Especialista em Engenharia de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia – IME. E-mail: leitecarrilho@yahoo.com.br

No Dia da Terra, ambientalistas lançam advertência sobre efeitos do etanol


Washington, 22 abr (EFE).- O uso de plantas comestíveis para a produção de combustível "causa danos ambientais e contribui para uma crescente crise global dos alimentos", advertiram hoje, no Dia da Terra, dois ambientalistas em artigo publicado no jornal americano "The Washington Post".

Lester Brown, fundador e presidente do Instituto de Política da Terra, e Jonathan Lewis, especialista em clima e advogado da Clean Air Task Force (Força Tarefa Ar Limpo, em inglês) fizeram referência, no artigo, à "promessa fracassada do etanol". "Pedimos ao Congresso que reconsidere os mandados de leis recentes que requerem o desvio de alimentos comestíveis para a produção de biocombustíveis", destacou o artigo. "Estes mandados tiveram a intenção de levar os Estados Unidos à independência energética e de diminuir a mudança climática global".

A administração do presidente americano, George W. Bush, apóia a legislação que estabelece metas para o uso crescente de combustíveis obtidos de cultivos como o milho, e empreendeu projetos com o Brasil e outros países para uma incorporação crescente de biocombustíveis.
Brown e Lewis lembraram que "a esperança do uso de alimentos comestíveis para o combustível de nossos veículos prometia uma estabilidade de preços para nossos fazendeiros, mais segurança nacional e a proteção do meio ambiente pelo uso de combustível mais limpo" do que os derivados de hidrocarbonetos.

"Porém, agora fica muito claro que os mandados de uso de cultivos para combustíveis conduzem a um crescente dano ambiental", acrescentaram. "O processo de produção cria vários subprodutos tóxicos e este uso dos cultivos aumentou os preços dos produtos agrícolas". Por outro lado, "os mandados não reduzem nossa dependência do petróleo importado", afirmam os analistas. "No ano passado, os EUA queimaram quase um quarto de seu estoque anual de milho como combustível, e isto trouxe uma redução de apenas 1% no consumo de petróleo no país".


Fonte: Yahoo Notícias, dinsponível em: http://br.noticias.yahoo.com/, acesso em 22/04/2008 às 00h02m.

Petróleo fecha pela primeira vez acima dos US$ 119 em Nova York


Após alcançar cotação próxima a US$ 120, barril fechou a US$ 119,37.Em um ano, preço do produto em Nova York aumentou 86%.No terceiro recorde consecutivo, o preço do barril de petróleo fechou pela primeira vez acima dos US$ 119 nesta terça-feira (22) em Nova York, depois de chegar próximo ao teto simbólico dos US$ 120. O aumento da cotação é favorecido pela contínua queda do valor do dólar ante o euro. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo "light sweet crude", para entrega em maio, terminou em a US$ 119,37, com alta de US$ 1,89, um recorde de fechamento. Durante o dia, o preço chegou a alcançar o nível histórico de US$ 119,90.







O preço do petróleo cru ganhou mais de US$ 57 em um ano no mercado de Nova York, com aumento de 86%. Em Londres, o barril de petróleo tipo Brent do Mar do Norte para entrega em junho, mais pesado e sulfuroso, também estabeleceu um recorde absoluto, subindo a US$ 116,75.


Fonte: Globo, disponível em: http://www.globo.com.br/, acesso em 22/04/2008 às 23h45m.

REPORT: BIOFUELS POISED TO DISPLACE OIL


WASHINGTON, D.C.—Biofuels such as ethanol and biodiesel can significantly reduce global dependence on oil, according to a new report by the Worldwatch Institute, released in collaboration with the German Agencies for Technical Cooperation (GTZ) and Renewable Resources (FNR).

Last year, world biofuel production surpassed 670,000 barrels per day, the equivalent of about 1 percent of the global transport fuel market. Although oil still accounts for more than 96 percent of transport fuel use, biofuel production has doubled since 2001 and is poised for even stronger growth as the industry responds to higher fuel prices and supportive government policies. “Coordinated action to expand biofuel markets and advance new technologies could relieve pressure on oil prices while strengthening agricultural economies and reducing climate-altering emissions,” says Worldwatch Institute President Christopher Flavin.

The new report, Biofuels for Transportation: Global Potential and Implications for Sustainable Agriculture and Energy in the 21st Century, sponsored by the German Federal Ministry of Food, Agriculture and Consumer Protection (BMELV), is a comprehensive assessment of the opportunities and risks associated with the large-scale international development of biofuels. It includes information from existing country studies on biofuel use in Brazil, China, Germany, India, and Tanzania.

Brazil is the world’s biofuel leader, with half of its sugar cane crop providing more than 40 percent of its non-diesel transport fuel. In the United States, where 15 percent of the corn crop provides about 2 percent of the non-diesel transport fuel, ethanol production is growing even more rapidly. This surging growth may allow the U.S. to overtake Brazil as the world’s biofuel leader this year. Both countries are now estimated to be producing ethanol at less than the current cost of gasoline.

Figures cited in the report reveal that biofuels could provide 37 percent of U.S. transport fuel within the next 25 years, and up to 75 percent if automobile fuel economy doubles. Biofuels could replace 20–30 percent of the oil used in European Union countries during the same time frame.

As the first-ever global assessment of the potential social and environmental impacts of biofuels, Biofuels for Transportation warns that the large-scale use of biofuels carries significant agricultural and ecological risks. “It is essential that government incentives be used to minimize competition between food and fuel crops and to discourage expansion onto ecologically valuable lands,” says Worldwatch Biofuels Project Manager Suzanne Hunt. However, the report also finds that biofuels have the potential to increase energy security, create new economic opportunities in rural areas, and reduce local pollution and emissions of greenhouse gases.

The long-term potential of biofuels is in the use of non-food feedstock that include agricultural, municipal, and forestry wastes as well as fast-growing, cellulose-rich energy crops such as switchgrass. It is expected that the combination of cellulosic biomass resources and “next-generation” biofuel conversion technologies—including ethanol production using enzymes and synthetic diesel production via gasification/Fischer-Tropsch synthesis—will compete with conventional gasoline and diesel fuel without subsidies in the medium term.

The report recommends policies to accelerate the development of biofuels, while maximizing the benefits and minimizing the risks. Recommendations include:
  • Strengthen the Market. Biofuel policies should focus on market development, based on sound fiscal incentives and support for private investment, infrastructure development, and the building of transportation fleets that are able to use the new fuels.

  • Speed the Transition to Next-Generation Technologies. It is critical to expedite the transition to the next generation of biofuel feedstock and technologies, which will allow for dramatically increased production at lower cost, while minimizing environmental impacts.

  • Protect the Resource Base. Maintaining soil productivity, water quality, and myriad other ecosystem services is essential. National and international environmental sustainability principles and certification systems are important for protecting resources as well as maintaining public trust in the merits of biofuels.

  • Facilitate Sustainable International Biofuel Trade. Continued rapid growth of biofuels will require the development of a true international market in these fuels, unimpeded by the trade restrictions in place today. Freer movement of biofuels around the world should be coupled with social and environmental standards and a credible system to certify compliance.

The report’s findings were discussed today at a conference on Capitol Hill hosted by Worldwatch President Christopher Flavin and GTZ Director General Peter Conze. Participants included policymakers and representatives of the private sector, governments, international agencies, and nongovernmental organizations.

Speakers at the opening session included World Bank President Paul Wolfowitz; Thomas Dorr, Under Secretary at the U.S. Department of Agriculture; and German Ambassador to the United States, Klaus Scharioth. Other conference speakers include R. James Woolsey, Vice President of Booz Allen Hamilton and former Director of Central Intelligence; John Podesta, President and CEO of the Center for American Progress; and representatives from DaimlerChrysler AG, Iogen Corporation, and CHOREN Industries, as well as Suzanne Hunt and other contributors to the biofuels report.

by Worldwatch Institute on June 7, 2006

Fonte: Worldwatch Institute; disponível em: http://www.worldwatch.org/; acesso em 22/04/2008.