
SÃO PAULO - Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia brasileira, o EMBI+ Brasil, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, encerrou aos 201 pontos nesta sexta-feira, com queda de 2,9% perante os 207 pontos do fechamento da véspera. Desde a quarta-feira, quando o Brasil recebeu a classificação de grau de investimento da agência Standard & Poor`s, o risco Brasil já caiu 10,6%, ou 24 pontos, já que na terça o indicador havia fechado em 225 pontos.
No mercado secundário de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40 foi negociado a 136,875% do seu valor de face, com recuo de 0,18%. O segundo papel mais representativo do índice do JP Morgan, o Global 18 ou A-Bond (Amortizing Bond ou Bônus de Amortização), marcou 113,750%, com queda de 0,06%.
Sobre o EMBI + Brasil
O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo. O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.
Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país. Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como "arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.
Fonte: Valor Online, com agências internacionais, disponível em: http://www.valor.com.br/; acesso em 03/05/2008 às 12h18m.
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